Behind the team with Vasco Mónica

 

 

1. Podes contar-nos como começaste a surfar? 

Eu comecei a surfar por influência do meu pai. Por ser surfista, sempre me levou para a praia com ele e habituei-me a ficar na areia a -lo surfar desde muito cedo. Aos poucos o gosto pelo mar foi crescendo e de forma muito orgânica o surf foi introduzido na minha vida
 

2. O que mais gostas na cultura e no estilo de vida do surf e como é que a Deeply reflete isso?

Por ser um desporto que nos obriga a passar tantas horas num ambiente tão superior a nós, no mar, o surf acaba por tornar-nos mais humildes e conscientes das nossas limitações como seres humanos. Em contrapartida, abre-nos os horizontes para os rumos infinitos que podemos tomar na vida.  
Para mim é um reflexo da nossa personalidade e uma boa forma de nos explorarmos não só criativa como intelectualmente. É engraçado como conseguimos ver a personalidade das pessoas simplesmente pela forma como surfam ou as atitudes que têm dentro de água. A Deeply sem dúvida que partilha valores semelhantes aos meus e como se posiciona é um bom exemplo disso, ter começado a trabalhar com a marca deu-me mais confiança para continuar a fazer os meus projetos e sinto que estamos alinhados para o que aí vem.  
 

3. Qual é o papel da sustentabilidade e da consciência ambiental no teu surf? 

Apesar do surf ser um desporto muito associado à natureza e estilo de vida saudável, o mercado está longe de ser sustentável em termos ambientais. Tanto as pranchas como todo o material técnico, são ambos extremamente poluentes. No entanto, tem havido imensos progressos e esforços por parte das marcas para reduzir a pegada ambiental. No caso da deeply, que é a marca com quem trabalho e melhor conheço, fico muito orgulhoso de todos os esforços feitos nos últimos tempos. Os novos fatos com Mineralprene (neoprene feito de pedra calcaria e conchas de ostras desperdiçadas), são um exemplo de como podemos usar produtos naturais para produzir fatos incrivelmente leves e elásticos sem prejudicar tanto o ambiente.                                                                                                                                                                                                                          

4. Quais são os teus spots de surf ou destinos preferidos?  

Eu adoro Portugal, para mim o melhor país do mundo. E por explorar tantas vertentes do surf tanto gosto de fazer longboard em meio metro mole como tubos em ondas grandes e água fria. São torpes, onde eu vivo atualmente, tem das melhores e mais divertidas ondas de Portugal, no entanto, torna-se um pouco limitado quando procuramos tubos e mar com mais força. Por isso mesmo, tento passar muito tempo na Ericeira sempre que o mar está bom. Coxos e cave são ondas que gosto muito de surfar por serem dos melhores tubos que temos. Para além da Ericeiraeste inverno pretendo passar algum tempo na Nazaré e começar a surfar mar um pouco maior
 

5. Podes contar-nos sobre a tua pior queda ou uma história engraçada no surf? 

Como é expetável de qualquer surfista, já tive milhares de wipeouts, mas de momento não me recordo um específico. 
Tive um episódio engraçado no inverno passado a surfar com o António Silva na cave. O mar estava grande e meio tempestade e fomos fazer uma sessão de tow in. Numa das ondas que o António me puxou eu larguei o cabo muito cedo e disse que a onda não dava para ir, pois ia fechar toda e não ia ser boa e como tal voltei para trás. Ao sair da água fomos ver as filmagens e a onda era inacreditável e tinha sido um tubo de sonho caso não tivesse largado o cabo. Ele ficou lixado comigo e a onda ficou atravessada na garganta o resto do inverno. Hoje em dia já nos rimos, mas na altura foi meio tenso. 
 

6. Tens algum momento especial em família no surf para partilhar? 

Qualquer momento em que estou na praia com os meus amigos a ver o meu pai surfar são momentos de chorar a rir. Acontece sempre alguma coisa, ou parte a prancha de forma parva, ou manda uns embicanços gigantes, é sempre uma aventura. 

 
https://www.instagram.com/joaoberberan/